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Questões sobre ad hominem circunstancial

Durante uma aula, o professor acusa um estudante de ter usado o chat GPT para redigir sua redação, argumentando que o trabalho apresenta um estilo que não corresponde ao que o estudante costuma produzir. O estudante, em sua defesa, responde:

"Mas você também usa o GPT para criar os materiais das aulas, então não vejo por que eu não poderia usar."

Esse argumento do estudante é um exemplo de ad hominem circunstancial falacioso?
Não, porque o estudante está apenas apontando uma incoerência circunstancial no comportamento do professor, o que torna o ad hominem não falacioso.
Sim, porque o estudante está apontando uma incoerência circunstancial em uma situação na qual ela não existe, fazendo do seu ad hominem uma falácia.
Não, porque o professor também usa o GPT, o que torna legítima a crítica do estudante, já que ambos deveriam ter as mesmas permissões de uso.
Não, porque se o professor usa o GPT e critica o estudante por fazer o mesmo, ele está sujeito à uma crítica relevante de incoerência circunstancial.
O que caracteriza um ad hominem circunstancial?
Um argumento que aponta uma contradição entre o comportamento pessoal da pessoa e o que ela defende.
Uma crítica focada na formação acadêmica da pessoa, sugerindo que ela não tem autoridade para falar sobre o assunto.
Um ataque que se concentra no caráter moral da pessoa, sem abordar o conteúdo do argumento.
Um argumento insinuando que suas motivações pessoais, e não o mérito do argumento, são o verdadeiro motivo por trás de suas posições.

O ministro da saúde recomenda enfaticamente que a população brasileira deveria evitar comidas muito açucaradas e gordurosas para ter uma saúde melhor e, assim, reduzir os custos com o sistema de saúde. Porém, olha o que ele come: batata frita quase todos os dias geralmente com bife à milanesa. Além disso, jamais recusa um doce de sobremesa.

O uso de um ad hominem circunstancial contra a fala do ministro da saúde sobre evitar alimentos gordurosos e açucarados não é uma falácia porque
O argumento se concentra nas ações do ministro, que são mais importantes do que o conteúdo da recomendação em si.
Quando uma pessoa de autoridade pública faz uma recomendação, qualquer incoerência pessoal automaticamente invalida o que ela defende.
O ataque ao comportamento pessoal do ministro é justificado porque qualquer contradição entre discurso e prática torna a recomendação inválida.
As ações do ministro são relevantes para sua credibilidade ao incentivar ações de saúde pública, já que há uma expectativa de que ele pratique o que defende.

Em uma conferência sobre hábitos alimentares saudáveis, um nutricionista apresenta dados mostrando os benefícios de uma dieta rica em vegetais e com baixo consumo de carne. Durante a sessão de perguntas, alguém da plateia diz: "Como posso levar suas recomendações a sério se você mesmo come carne todos os dias e raramente come vegetais?"

Para avaliar se o argumento do crítico é falacioso ou não, é necessário entender o contexto. Em qual dos cenários abaixo o argumento não seria falacioso?
O nutricionista está em uma reunião de um grupo de ativistas veganos que promovem o veganismo como uma prática ética e pessoal.
A crítica é feita em um artigo científico, onde o objetivo é discutir exclusivamente os efeitos nutricionais das dietas.
O evento é um painel técnico sobre saúde pública, onde se espera que os palestrantes apresentem evidências científicas.
O debate ocorre em um ambiente acadêmico, onde os participantes estão discutindo a validade de dados sobre dietas saudáveis.
O que caracteriza uma incoerência circunstancial?
A inconsistência entre as diferentes ideias apresentadas pela pessoa.
A contradição lógica entre as premissas de um argumento e sua conclusão.
A contradição entre o comportamento de uma pessoa e o que ela defende.
Informações falsas para desacreditar o comportamento de uma pessoa.